sexta-feira, 20 de março de 2009

Jingles, Jingles, Jingles...

Primeiro é necessário que exista a certeza de que o produto desse trabalho requeira um jingle mesmo. Muitas vezes são tantas as informações que seria muito melhor se fosse feito um spot.
Eu explico: números, estatísticas, bulas etc. Algumas vezes é imprescindível o poder da síntese para poder se criar um jingle bom. São tantas as informações de um briefing que a gente fica meio maluco ao colocar uma letra na música em questão. Vários exemplos são dignos de nota: o cliente e a agência acham que o nome do produto só deve entrar no fim da música.
Também há o caso de o cliente e a agência acharem que o nome do produto deve entrar de cara.
E ainda existem também aqueles que querem que o nome do produto esteja na música a cada cinco segundos. Pois, então, temos aí uma variedade de maneiras de se compor um fonograma (arghhhh) publicitário. Falando dos autores, estes sem dúvida, assim como eu, já tiveram pedidos dos mais estranhos e estapafúrdios que se possa imaginar.Só para exemplificar vou citar algumas peças que participei fazendo jingles. Vejam só os produtos para quem tive que trabalhar: calibrador de pneu, garrafa térmica, empilhadeiras, tratores, calculadoras, garagem, champanhe, amendoim, chapéus, vinhos, chupetas, lenços, guaraná em pó, máquinas de escrever e de costura, panelas, retentores, esmalte, vinagre, cigarrilhas, linha para costura, campanha para maior consumo de ovos.
Acho que por aí, está bom, né?
Pois é minha gente, parece tudo muito normal, mas não é não. A única coisa que falta hoje é maior liberdade para se criar uma peça. Tudo hoje é calcado em pesquisas intermináveis. Pois é exatamente isso que emperra uma criação espontânea da gente. Sinto que está faltando e muito esse espírito criativo que os coroas como eu têm. É claro que a nova geração não tem culpa nisso, afinal, eles recebem ordens e assim o fazem. Assim como hoje, antigamente também era tudo para ontem, só que com mais liberdade criativa. Você da agência ou mesmo do cliente, peça para fazer um jingle para algum produto e dê liberdade ao compositor para este criar. Tenho certeza absoluta de que vocês vão se surpreender. Diga a ele somente os itens indispensáveis, o resto deixe com ele. Tente.

autor: Zelão

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Melodia da Marca

A melodia da marca

October 6th, 2008 Categoria: Design


Hoje procuramos mais e mais produtos personalizados, que correspondam a nossa personalidade. É o fim da linha de produção a la Ford. Cansamos do fast-food. De alguma forma, despertamos para nossas idiossincrasias e as valorizamos. E queremos que o mundo as valorize também.
Daí, a cada dia, surgem novas marcas que procuram nos proporcionar essa sensação única. Percebemos a riqueza de ter um jeito próprio, uma roupa própria, uma trilha sonora que corresponda a nossa vida. Quando assobiamos aquelas poucas notas de uma melodia de um filme como Contatos Imediatos de Terceiro Grau, contatamos também uma experiência única, voltamos no tempo – como Proust com o bolinho Madeleine em que rememora Combray – reencontramos o eu perdido na infância, no bailinho e a primeira namorada, o primeiro tombo da bicicleta.
Saímos feito loucos para um lugar qualquer no deserto para ter esse contato com algo novo. Ou antigo. É uma relação sinestésica que temos com os acontecimentos: tato, olfato, paladar, visão e som. Por isso a importância fundamental da trilha sonora: ela complementa as sensações, enriquece a percepção de algo, potencializa a experiência.
Quando ouvimos a mesma música tocada em três, quatro, cinco filmes diferentes, pensamos: eles estão se referenciando? Ou simplesmente se copiando sem imaginação alguma? E quando aquela música tocando no site nos dá a sensação de estarmos habitando o mesmo loungezinho qualquer, com a mesma melodiazinha qualquer? Os sites se tornam os mesmos, por mais que os efeitos de transição, as animações, o conteúdo, a informação sejam sui generis. Mas aquela melodia batida e mal aplicada, copiada à exaustão, ou aplicada sem critério, faz daquele site uma experiência óbvia.
Na concepção de um site, a importância do som é fundamental. Ela releva a experiência na navegação, completando-a. Não basta “jogarmos” aquela musiquinha de fundo e acreditar que isso contribuirá para experiência de marca. Além do erro corrente de cair no lugar comum e de proporcionar a sensação da cópia, ocorre uma apropriação indevida, muitas vezes, de uma obra e de sua corrupção, à medida que a apropriação se dá sem adequação entre o que se tem a dizer e o como dizer.
No melhor dos mundos, gostaríamos de sempre desenvolver sites com trilhas sonoras próprias, sonoplastias únicas e proporcionar uma experiência tão completa quanto nossos mais desejos juvenis almejam. Incentivamos nossos clientes a tanto. O preço? Muito menor do que o preço que se paga por desafinar os acordes da marca.
autor: Ruis Vargas fonte: Revista Publicidad

sábado, 12 de julho de 2008

Jingle Político

Em época de eleição, é comum perceber candidatos apostando suas fichas na sensibilidade de músicos e marqueteiros em busca de um refrão que se torne hino de sua campanha e possa ser lembrado pelo eleitorado no momento do voto. O baixo custo de produção aliado ao forte poder de memorização tornam o recurso um dos mais utilizados no período. É perceptível na maioria das produções o uso de certos elementos, como leveza, alegria, exaltação às qualidades do candidato e demonstração do que ele pode fazer caso eleito. Tem de composições originais e adaptações de canções conhecidas da MPB a músicas que são apropriadas por completo. É o caso do frevo Voltei, Recife, de Luís Bandeira, usada por Joaquim Francisco em 1988 na campanha para a Prefeitura do Recife. Ou a Madeira do Rosarinho, de Capiba, que virou símbolo da campanha de Eduardo Campos ao governo do estado no último pleito. Caminho oposto tomou o jingle Recife Nagô, de J. Michiles, já interpretado pelo percussionista pernambucano Naná Vasconcelos. Qual a receita para um bom jingle político? “Muita inspiração, um bom refrão e uma melodia fácil. Muitos autores se perdem, porque é muito difícil atingir o belo através do simples”, afirma Lázaro do Piauí. Para o artista, porém, não há diferença entre jingles políticos e os criados para vender produtos e serviços.“Na minha cabeça, o político é um produto como qualquer outro. Como um carro, sabonete ou marca de TV”, diz. Um bom jingle político deve conter a marca do candidato, um pouco de sua história e refletir os desejos de mudança ou continuidade dos eleitores. “O grande desafio será sempre o de conseguir pegar o eleitor pela emoção. Já vi jingles que iniciaram uma verdadeira virada na percepção dos eleitores”. “Jingle é um discurso musical dirigido a um eleitor. Se for bem-feito, vai chegar ao coração dele, até mesmo antes de ter passado por sua cabeça”, afirma o publicitário Duda Mendonça no livro “Casos e Coisas” (Editora Globo, 2003). Para ele, o importante é que a música seja boa, independentemente de ser samba, rock, frevo ou qualquer outro ritmo. Diferentemente de outros publicitários, no entanto, ele defende que o candidato deva explorar diversas composições ao longo da disputa eleitoral. “O eleitor não tem que sair por aí cantando o meu jingle. Tem é que incorporar, absorver a minha mensagem. Os argumentos do nosso candidato”, escreve ele em seu livro de memórias pessoais e profissionais. Seja do candidato, seja de alguma marca, alguém ainda duvida da capacidade dos jingles em serem bem-sucedidos nessa missão? Um bom sono pra você e um alegre despertar.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Saiba o que um bom jingle pode fazer

Um jingle bem feito pode se transformar no elo mais forte entre um anunciante e o consumidor, mas nem sempre é fácil convencer o empresário a investir nesse tipo de propaganda. Não é?Para ajudar o empresário a decidir sobre investir nesse elo, um especialista nos apresentou alguns argumentos, mais do que convincentes, para as principais dúvidas do anunciante. Assim sua empresa ou sua agência poderá conhecer melhor os benefícios que podem ser gerados com investimento em jingles.

O que é um jingle?
É a mensagem transmitida através da música cantada, com melodia, ritmo e harmonia.Quando a mensagem é ouvida em forma de música se torna mais leve, mexe com o emocional do indivíduo e o cérebro humano assimila com maior facilidade e rapidez. O risco do ouvinte se cansar ou de não captar o texto se torna menor, por isso até os anunciantes de TV produzem muitos jingles.

Por que fazer jingle?
A elaboração de uma música de acordo com o perfil do público-alvo, adequada ao veículo de comunicação e somada a uma boa "letra" dará animação e movimento ao produto/serviço do seu anunciante, melhorando assim a assimilação da mensagem transmitida.Música facilita a fixação de idéias, não é à toa que professores recorrem à música para seus alunos guardarem fórmulas, tabelas etc. Uma melodia bem trabalhada é capaz de otimizar a principal mensagem, como slogan ou o próprio nome da empresa.Porque será que grandes cineastas investem pesado em produções de trilhas sonoras e sonoplastia? É comum ver grandes agências de publicidade contratarem produtoras de áudio em separado ao produzirem vídeos.O que um jingle pode fazer?O jingle é capaz de dar personalidade ao produto. É fácil lembrar-se de anunciantes como bancos, lojas de roupas, bebidas, brinquedos e redes de fast-food que possuem marcas fortes na cabeça das pessoas. Cria uma ligação afetiva entre o ouvinte e o produto/marca. Investir em jingle é investir no futuro de uma marca.

O Poder dos Jingles

Como já escreveu o bardo inglês, a vida é cheia de som e fúria. Na publicidade não poderia ser diferente: bastante fúria criativa e muita, muita música. Algumas delas compõem a trilha sonora da vida de gerações que cresceram ao som de campanhas vei-culadas no rádio e na TV - ou estão fazendo a de nossos jovens, acostumados que são a ir em busca da publicidade na internet. Há quem diga que essa publicidade cantada apenas se utilize estrategicamente de elementos musicais para sutilmente sensibilizar-nos e, objetivo alcançado!, influenciar nossos hábitos e atitudes. O recurso, toque de arte no trato com as marcas, tem nome conhecido e, em certos casos, versos e melodias cantarolados com o doce sabor da nostalgia. É o jingle, música feita para vender que - sem grandes pretensões e ao mesmo tempo repleto delas - envolve o cliente com conceitos e emoções e permite transmitir valores diversos almejados por sua “audiência”. A exemplo de status, juventude e prazer. “O objetivo é fazer o consumidor feliz e confiante em poder consumir produtos que são bem demonstrados”, afirma o radialista paulistano Carlos Racy, idealizador da Alive (www.radialive.net), primeira web rádio com programação totalmente ao vivo no mundo. E o recurso é bastante eficiente em sua missão. “Quando bem utilizado, o jingle é uma das ferramentas mais poderosas para gerar recall”,
Isso se deve ao fato de que campanhas que se utilizam de jingles para chegar mais perto do consumidor possuem maior longevidade na mídia. Afinal, propaganda que narra uma história pode ser interessante de se ouvir uma ou duas vezes. O jingle, no entanto, é como aquela canção favorita, pode ser ouvido dezenas de vezes sem perder a validade. “Com o jingle, o produto se comunica, inclusive com quem não tem chances de ter contato com a campanha impressa ou com o comercial da TV, graças ao rádio” Desde, claro, que a marca em questão dispute mercado a partir de elementos dissociados de diferenças objetivas em comparação à concorrência. “Quanto mais você se afasta da disputa de share na base do preço ou de qualquer diferença objetiva, mais você se aproxima da necessidade de ter um bom jingle em sua campanha”, afirma o compositor Garay Engels. Os jingles mexem com os sentimentos das pessoas graças à forte presença da música, característica lúdica que emociona e pode ser o diferencial de uma campanha. E como as pessoas tendem a procurar o prazer, costumam lembrar bem quem ou o que proporcionou tal sensação a elas, uma vez que a memória para eventos com componente emocional é bem melhor. “Música é uma linguagem muito antiga e nobre - não é à toa que países têm hinos, exércitos têm cantos de guerra, que rituais importantes como casamentos ou enterros sejam sempre acompanhados de música e que cada grande filme tenha uma grande música”, diz Engels.
A música pode relaxar as pessoas, apressá-las, alegrá-las ou entristecê-las, além de ser um dos poucos conteúdos que independe de meio, podendo funcionar bem em todos eles - seja na rave patrocinada pela marca, seja no jogo da seleção transmitido via internet. Sons e músicas de fundo podem realçar uma identidade corporativa ou de marca, sendo poderosos estimulantes de ordem emocional e comportamental. “Uma vez que se tem o jingle certo, ou a música certa, você tem uma enorme quantidade de possibilidades”, avalia Engels. Ora, os jingles fazem uso da linguagem musical, forma de expressão que chega a ser praticamente anterior a todas as demais formas de comunicação. Esta citada ancestralidade é o que permite à música trafegar em áreas muito primitivas do cérebro, tornando-a eficiente para comunicar emoções difíceis ou mesmo impossíveis de serem expressas em palavras ou imagens. Também é o que explica a facilidade com que a música consegue driblar as defesas racionais e desligar a atenção das pessoas na hora dos comerciais. Por isso, para conseguir comunicar, o jingle precisa ser música de fato e não publicidade disfarçada de música. “Empilhar notas bonitas não faz uma música funcionar. Jingles que funcionam são feitos por gente que sabe 'falar' usando a música como linguagem”, afirma Garay Engels.
QUE PROGRAMA LEGAL - Quem não se lembra de temas como “Pipoca na panela, começa a rebentar / Pipoca com sal, que sede que dá”; “O elefante é fã de Parmalat / O porco cor-de-rosa e o macaco também são”; “Quero ver você não chorar / Não olhar pra trás / Nem se arrepender / Do que faz”; e “Cre, cremo, cremo, Cremogema / É a coisa mais gostosa desse mundo”? Elas podem ter tocado à exaustão no rádio ou na TV, mas não garantiram sequer a última posição na lista das mais executadas nas paradas de sucesso, nem descolaram um disco de ouro a seus compositores. Por outro lado, esses jingles do Guaraná Antarctica, Parmalat, Cremogema e do extinto Banco Nacional, respectivamente, figuram até hoje na memória afetiva de milhares de pessoas em todos os cantos do país.O que tornou essas composições memoráveis ao longo de todo esse tempo? Letras simples, trilhas bem trabalhadas e o primor pelo material produzido. Mas é preciso dar os devidos créditos à mídia. Afinal, diversas inserções em veículos de massa conseguiram evidenciar e frisar os jingles, garantindo o sucesso das composições e aproximando-as ainda mais do consumidor. “Qualquer música que faça sucesso nas rádios e TVs é executada várias vezes ao dia. Repetição é fixação. Por melhor que seja o material, ele não alcançará seu objetivo sem uma boa mídia”, explica Fernando Suassuna,. “Um jingle pode ser bobo, com a letra malfeita, e não sair da cabeça das pessoas. Qual foi o segredo? Veiculação. É com essa mesma lógica que funciona a indústria da música”, afirma Airton Chaves, redator da pernambucana HSM Marketing Integrado. Apesar disso, é preciso que o jingle tenha suas qualidades, que são coerência e precisão na mensagem que se pretende transmitir por meio da exploração de imagens e sensações que não precisem do recurso visual para serem assimiladas. Junte-se a isso pertinência em relação ao público-alvo, melodia irresistível, mensagem direta e vozes carismáticas. Um bom refrão ajuda, mas nem sempre é necessário. Resumindo, um bom jingle precisa de um bom conceito de comunicação; um compositor com sensibilidade para trazer a emoção necessária na letra e melodia/harmonia; e profissionais competentes para concretizar a idéia. O inusitado também pode entrar na receita.“O comercial com jingle é quase sempre mais sedutor, envolvente. Sem o jingle ele fica mais duro'”, avalia Alexandre Leão, Como o da Tixan Ypê, feito em parceria com a produtora de áudio Play it Again (SP) e cantado pela Daniela Mercury. “O jingle dá alma à propaganda, torna a venda despretensiosa, mais solta e leve”, diz Aparecida Araújo, a Cida, da equipe de Planejamento da pernambucana Regional Promo & Comunicação. “O comercial vende. O comercial com jingle emociona, conquista e só depois vende. Ele desperta mais sentimentos e, portanto, tem mais chances de vida útil na cabeça do consumidor”, explica ela. Mas antes, é preciso que o jingle nasça. São duas as etapas habitualmente seguidas. Na primeira, é necessário um jingle bem elaborado, que contenha todas as informações sobre a campanha, o posicionamento do produto e para quem ele deve ser vendido. Ou seja, o que se quer e qual caminho deve ser seguido para se alcançar esse objetivo. “Depois é transpiração e humanidade para converter a idéia dura em uma coisa sutil e fácil de ser assimilada. Fazer e refazer até ficar bom, pois nem sempre sai de primeira”, ensina Chico Gomes, cantor, compositor e arranjador,
O DOCE MAIS DOCE - Quando o jingle é bom, quem ganha é a marca do cliente, pois ela se torna (ou fica mais) popular. E quanto mais discreto e original for a tradução do briefing para a música, aliada a uma execução eficiente na mídia, maiores as chances de sucesso. Resistências existem, principalmente por haver boas idéias musicais que fazem sucesso sem a necessidade de uma idéia publicitária aliada a elas - fato que poderia fazer crer que as idéias publicitárias são desnecessárias.“Uma boa idéia musical potencializa uma boa idéia publicitária, e vice-versa. Se a idéia musical custa 'x' e a idéia publicitária custa 'y', a combinação das duas é tão poderosa que não tem preço”, avalia Garay Engels.Tem ainda a questão dos custos. Em alguns casos, para criar um jingle são necessários publicitários, redatores, músicos, compositores, produtora, bons equipamentos e todo o efetivo que dá apoio nos bastidores. A relutância quanto ao uso do recurso pode vir ainda dos prazos apertados, da pouca disposição em se investir em bons fornecedores e do medo de ousar. O avanço da tecnologia, porém, trouxe inúmeras possibilidades para a criação de jingles. Todas a custos modestos. “Um piano é um troço maravilhoso, mas grande, pesado, 'carésimo', difícil de gravar e até de manter afinado. Um notebook serve de piano (em jingles, não em salas de concerto) com montes de vantagens”, compara Engels. Sem falar das facilidades associadas à internet. “Ela se tornou canal indispensável de contato com parcela cada vez maior do público. Música trafega velozmente na rede. Arquivos de música são leves e fáceis de manipular. A conseqüência óbvia é a que se repita aqui o que está acontecendo no resto do mundo: mais e melhores jingles, e cada vez mais grandes nomes entrando nessa”, diz Engels. Muitas vezes, os clientes aceitam bem a idéia de usar jingles em suas campanhas. E obtêm ótimos resultados com isso.
É A COISA MAIS GOSTOSA DESSE MUNDO - Oficialmente, o primeiro jingle foi produzido nos Estados Unidos, em 1926, para o cereal matinal Wheaties. Seu auge por lá se deu nos anos 1950, quando podiam ser ouvidos jingles para diversos produtos, de bebidas alcoólicas a higiene pessoal. No Brasil, os jingles encontram suas raízes nas vozes de mascates que anunciavam suas mercadorias com pregões cantados e, geralmente, acompanhados por instrumentos sonoros, como a corneta e a matraca. O primeiro registro histórico do uso de jingles no país data de 1882, quando a polca Imberibina, composta por Mariano de Freitas Brito para um medicamento digestivo, era editada para distribuição gratuita. Mas foi no rádio que o recurso teve sua popularização e auge. O primeiro anúncio do tipo foi veiculado no Programa Casé, apresentado pelo radialista Ademar Casé na Rádio Philips do Rio de Janeiro. Composto por Antônio Gabriel Nássara, em 1932, para a padaria Pão Bragança, ele trazia os seguintes versos cantados em tom de fado: “Ó padeiro desta rua / Tenha sempre na lembrança / Não me traga outro pão / Que não seja o Pão Bragança”. De 1935 data a primeira gravação brasileira de jingle em acetato. A produção, de Gilberto Martins, foi composta em São Paulo para a marca Colgate-Palmolive. Em pouco tempo, as pessoas incorporavam trechos das mensagens em seu vocabulário e cantavam ou assobiavam as melodias dos jingles pelas ruas ou no trabalho.
Desde então, muitas foram as composições que ficaram enredadas na memória afetiva de milhares de brasileiros, marcando gerações. Como a citada “Pipoca com Guaraná”, de 1991, eleita uma das “7 Mais” da propaganda brasileira em pesquisa promovida pela revista About. Existem ainda os casos de jingles que se tornaram sucessos em outro campo, o da Música Popular Brasileira. O maior exemplo vem da canção “Cheiro de amor”, do publicitário baiano Duda Mendonça. Feita para o Motel Lê Royale, na Bahia, o jingle obteve tanto sucesso que foram providenciadas cópias da música para serem dadas aos freqüentadores como brinde. Quem também se rendeu ao charme da composição foi a cantora Maria Bethânia, que a imortalizou em vinil no disco Mel, de 1979. Outro exemplo é o jingle “Garotas do Brasil”, da grife de moda feminina Via Marte, que virou tema de novela e entrou no repertório de trios elétricos. Existem ainda as canções usadas como jingles que se transformam em hits, como é o caso da Fake Plastic Trees, do Radiohead. Usada em campanha que tinha como tema crianças portadoras de síndrome de Down, ela ficou conhecida como a “música do Carlinhos” - o próprio CD dos ingleses (The Bends, de 1995) vinha com um adesivo que deixava clara a relação entre música e comercial.
DEIXA O HOMEM TRABALHAR - Mas quem disse que os jingles se prestam apenas a propagandear as vantagens de marcas, produtos e serviços. Eles também servem para “vender” pessoas. Melhor dizendo, políticos. Em época de eleição, é comum perceber candidatos apostando suas fichas na sensibilidade de músicos e marqueteiros em busca de um refrão que se torne hino de sua campanha e possa ser lembrado pelo eleitorado no momento do voto. O baixo custo de produção aliado ao forte poder de memorização tornam o recurso um dos mais utilizados no período. É perceptível na maioria das produções o uso de certos elementos, como leveza, alegria, exaltação às qualidades do candidato e demonstração do que ele pode fazer caso eleito. Tem de composições originais e adaptações de canções conhecidas da MPB a músicas que são apropriadas por completo. É o caso do frevo Voltei, Recife, de Luís Bandeira, usada por Joaquim Francisco em 1988 na campanha para a Prefeitura do Recife. Ou a Madeira do Rosarinho, de Capiba, que virou símbolo da campanha de Eduardo Campos ao governo do estado no último pleito. Caminho oposto tomou o jingle Recife Nagô, de J. Michiles, já interpretado pelo percussionista pernambucano Naná Vasconcelos. Qual a receita para um bom jingle político? “Muita inspiração, um bom refrão e uma melodia fácil. Muitos autores se perdem, porque é muito difícil atingir o belo através do simples”, afirma Lázaro do Piauí. Para o artista, porém, não há diferença entre jingles políticos e os criados para vender produtos e serviços.“Na minha cabeça, o político é um produto como qualquer outro. Como um carro, sabonete ou marca de TV”, diz. Um bom jingle político deve conter a marca do candidato, um pouco de sua história e refletir os desejos de mudança ou continuidade dos eleitores. “O grande desafio será sempre o de conseguir pegar o eleitor pela emoção. Já vi jingles que iniciaram uma verdadeira virada na percepção dos eleitores”. “Jingle é um discurso musical dirigido a um eleitor. Se for bem-feito, vai chegar ao coração dele, até mesmo antes de ter passado por sua cabeça”, afirma o publicitário Duda Mendonça no livro “Casos e Coisas” (Editora Globo, 2003). Para ele, o importante é que a música seja boa, independentemente de ser samba, rock, frevo ou qualquer outro ritmo. Diferentemente de outros publicitários, no entanto, ele defende que o candidato deva explorar diversas composições ao longo da disputa eleitoral. “O eleitor não tem que sair por aí cantando o meu jingle. Tem é que incorporar, absorver a minha mensagem. Os argumentos do nosso candidato”, escreve ele em seu livro de memórias pessoais e profissionais. Seja do candidato, seja de alguma marca, alguém ainda duvida da capacidade dos jingles em serem bem-sucedidos nessa missão? Um bom sono pra você e um alegre despertar.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Vantagens Publicitárias de um Jingle

CONCEITO

O jingle é um instrumento de venda. Ele é uma pequena peça musical cantada ou instrumental, cuja função é reforçar a imagem do produto. O jingle geralmente é veiculado em rádio, tv, pontos de vendas e vídeos institucionais. A música, texto, locução, e todos os efeitos devem ter um único objetivo, comunicar o que deve ser dito. O que importa, é o que vai ser vendido, para que e como. O jingle é portanto, um produto de Briefing e só pode ser criado a partir dele. Música e texto devem estar em sintonia com o público alvo. Sua estética está determinada pelo Briefing.

POR QUE O JINGLE FAZ SEU PRODUTO OU SERVIÇO VENDER MAIS?

Por que jingle é música e sendo música, cria espaço e fica na cabeça do consumidor. As trilhas sonoras e jingles são muito importantes, pois enriquecem e dão vida a uma produção multimídia ou propaganda em geral. “A musica é um instrumento poderoso para governar a mente”.



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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Afinal, o que são Jingles?


O termo jingle vem do inglês e significa tinir, retinir, soar. Na linguagem publicitária, entretanto, ele é definido como uma composição musical e verbal de longa (15 a 30 segundos, às vezes, mais, contendo as características de uma canção) ou curta duração (uma frase ou fragmento de frase musical associado a um nome de marca ou de um slogan; são estes respectivamente jingle-assinatura e jingle-slogan) feita especificamente para um produto ou serviço.


Ainda consta no manual da agência Mccan-Erickson2 (1960), jingle é a combinação entre música e letra que torna a mensagem semelhante a uma pequena canção. Respaldando este conceito, a INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, no XXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, em Campo Grande-MS, definiu-o como sendo a “mensagem publicitária em forma de música, geralmente simples e cativante, fácil de cantarolar e recordar, criada e composta para a propaganda de uma determinada marca, produto, serviço”. Resumindo, jingles são composições musicais utilizadas como propaganda, mesmo que não tenham sido criadas com esta finalidade. Assim como as demais peças criadas para serem veiculadas em mídia eletrônica, tem, geralmente, duração de 15, 30 e 60 segundos.

Os Estúdios e produtoras de áudio preparam esse fonograma para gerar impacto, ancorados na principal característica do jingle, a sua facilidade de memorização, uma vez que a melodia facilita a assimilação da mensagem verbal, permitindo que o nome do produto seja repetido mais vezes e assim assimilado pelo receptor da mesma, sem que este se canse do texto. O primeiro registro historio sobre jingle no Brasil data de 1882. Foi elaborado para um dicamento destinado à digestão. Após a chegada do fonógrafo, surgiram as primeiras gravações. Mas, isso só ocorreria em 1935, com o jingle da Colgate Palmolive, gravado em vinil por Gilberto Martins.

Foi com o rádio que os jingles se institucionalizaram como forma-padrão da publicidade. Isto se deve em muito aos programas de rádio, onde os textos publicitários eram cantados de improviso. Um programa em especial deu grande impulso à produção dos jingles no país, devido à qualidade técnica de seus redatores. Era o programa Casé, na Rádio Philips. Para um dos maiores pesquisadores da história do jingle no Brasil, Álvaro de Assunção, naquela época, as dificuldades operacionais eram maiores. Não havia como arquivar uma gravação para retocá- la no computador. O processo residia na gravação no vinil, até que se alcançasse o resultado desejado.

A publicidade auditiva, no Brasil, obteve crescimento, em 1932, quando o então Presidente Getúlio Vargas autorizou a publicidade em rádio. Desde então muitas peças foram criadas e classificadas de acordo com suas características. A propaganda faz uso de todos os sentidos para atingir seus objetivos. É assim com a visão, o olfato, o tato, o paladar, e não seria diferente com a audição. A publicidade auditiva, no Brasil, teve seu primeiro registro, em 1932, quando o então Presidente Getúlio Vargas autorizou a publicidade em rádio. Desde então muitas peças foram criadas e classificadas de acordo com suas características. Nosso universo de estudo vai se limitar às peças enquadradas no formato jingles.
De acordo com a Associação dos Produtores de Fonogramas Publicitários (APROSOM), cada estúdio cria em média vinte trilhas sonoras por mês, sendo que trinta por cento delas são veiculadas em rádio e setenta por cento na televisão. Movimentando aproximadamente trinta milhões de dólares por ano.

O custo de um jingle varia bastante, sendo que a tabela classificatória recomendada pode ser acessada no site http://www.aprosom.com.br/ clicando no menu "Valores Referenciais". Mas hoje em dia ainda é possivel encontrar jingles de excelente qualidade com preços a partir de R$290,00 como pode-se verificar no site http://www.premierstudio.com.br/ .